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Ele conta que, quando o EI invadiu Mossul, dois anos atrás, os cristãos que viviam ali tinham quatro opções: abandonar a cidade, conversão ao islamismo, pagar a taxa de proteção (jiyza) ou ser morto.
Quando Carlos disse que não obedeceria às exigências do EI, os jihadistas o levaram para um local desconhecido. Ficou pendurado de cabeça para baixo, preso por apenas uma das pernas.
“Eu recebi choques elétricos, eles me bateram com paus cheios de pregos e me amarraram com arame farpado”, conta. “Eles passaram sal em minhas feridas. Fiquei gritando por causa da dor intensa”.
A rotina de tortura continuou até que o cristão foi levado a um tribunal islâmico, onde um juiz disse que ele teria que se tornar muçulmano para continuar vivo. “Eu recusei e afirmei: ‘Se eu morrer, morrerei orgulhoso, pois sou cristão”, lembra Carlos. A resposta do juiz foi “Você será executado a tiros dia 26 de setembro'”.
Carlos foi levado para um lugar afastado, na periferia de Mossul. Contudo, antes de ser executado, o líder do grupo de soldados afirmou que recebeu novas ordens. Deveriam deixar o cristão lá. Após ser espancado, Carlos foi jogado para fora do carro que o conduzia.
Carlos acabou desmaiando e só recuperou a consciência horas depois em um hospital da cidade vizinha de Kirkuk, que fica a cerca de 150 km de distância. Ele não sabe dizer quem o levou para lá.
“Os médicos do Iraque disseram que não poderiam tratar minha perna e que ela precisaria ser amputada”, afirma. “Mas eu consegui ir para a Espanha e lá minha perna foi tratada. Graças a Deus eu posso andar agora, embora não tenha nada aqui na Jordânia”, explica.
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